terça-feira, 26 de agosto de 2008

Crescimento vertical dá ar de metrópole a Campo Grande

É com uma imagem panorâmica do centro de Campo Grande ao fundo, que o bancário Elbio Rocha Gasoso, de 32 anos, começa seus dias. "Uma das primeiras coisas que faço é abrir a janela quando acordo", revela o morador do último andar do prédio localizado no cruzamento das ruas Dom Aquino com a 13 de Junho.
Elbio mora sozinho, mas diz que sempre tem a companhia do por-do-sol quando volta para casa. Há seis meses morando no apartamento, ele integra uma nova parcela de campo-grandenses que acompanha o desenvolvimento da cidade lá de cima.
Nos últimos anos, Campo Grande experimentou um forte crescimento no setor habitacional, desde unidades de baixa renda, até luxuosos condomínios. Neste cenário se destacam os prédios. Em 2004 eram 634 e em julho deste ano já eram 930, salto superior a 46% em quatro anos, segundo dados da Semur (Secretaria Municipal de Controle Urbanístico).
As torres dão à Campo Grande um ar de metrópole, condição que a cidade pretende atingir em poucos anos. A olho nu é possível notar o crescimento vertical da cidade, desde em bairros da periferia, mas principalmente em regiões nobres, como a área central e entorno, como no Chácara Cachoeira e imediações da avenida Via Parque.
No setor residencial em geral (somando obras verticais e horizontais) são 490,5 mil metros quadrados em edificações autorizadas até julho, já próximo do total do ano passado, de 496 mil. Além do próprio aquecimento econômico da cidade e melhora no poder aquisitivo da população, o secretário de Controle Urbanístico, Paulo Nahas, atribui este crescimento à Lei de Uso de Solos do município. “Temos uma Lei muito clara e atualizada”, diz.
A última revisão foi feita em 2005 e a Semur recebe constantemente observações e sugestões dos CMDU (Conselhos Municipais de Desenvolvimento Urbano) para adequação às mudanças da cidade. O secretário destaca que muitas incorporadoras de grande calibre já compraram áreas e estão investindo na Capital. Há projeções de que estas empresas invistam R$ 1 bilhão em novas unidades nos próximos anos. São grupos como a MRV, Klabin Segall, Abyara e o grupo Rossi, além da Engepar e a Vanguard, esta última do grupo Plaenge.
As unidades são para os diversos padrões: desde classes D e C até a chamada “A ”, que é de alto luxo. Ele destaca, porém, que o crescimento da cidade é mais amplo que o setor residencial. No comercial, por exemplo, os alvarás expedidos em 2006 abrangiam 84,3 mil metros quadrados, passando a 156 mil em 2007 e neste ano, somente até julho, já são 193,3 mil metros quadrados, 24% a mais que em todo o ano passado.

Fonte:Campo Grande News

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